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terça-feira, agosto 11, 2015

NOTICIAS- Remédios para emagrecer e para tratamento de TDAH preocupam endocrinologistas


Desde 2011 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de três inibidores de apetite no Brasil: anfepramona, femproporex e mazindol. Com isso, algumas pessoas “descobriram” algumas opções, como comprar remédios fora do Brasil ou até mesmo a venda clandestina desses remédios. O que essas pessoas não imaginam é como estão prejudicando sua saúde com essa atitude, alertam os médicos, pois a procedência desses medicamentos, muitas vezes, são bem duvidosas. A venda, entretanto, muitas vezes acontece através das próprias redes sociais.

Outra questão levantada pelos endocrinologistas foi a utilização de um remédio liberado pela Anvisa para uso pediátrico para o tratamento de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) para crianças de 6 a 12 anos, mas que contém a substância lisdexanfetamina, servindo assim também como inibidor de apetite.

O princípio ativo do medicamento é da família das Anfetaminas e dentre os efeitos colaterais apresentados pelo remédio estão: dor de cabeça, insônia e perda de apetite. Segundo o endocrinologista e nutrólogo da Unifesp, Dr. João César Castro Soares, a bula deste medicamento é muito similar aos inibidores de apetite que foram proibidos pela Anvisa. E não poderia ser diferente, pois sua fórmula molecular é exatamente a mesma classe química das anfetaminas.

Anfepramona: C13 H19 N0
Femproporex: C12 H16 N2
Mazindol: C16 H13 N20
Lisdexanfetamina: C15 H25 N30 (remédio de uso pediátrico liberado pela Anvisa)

"Todo medicamento, eventualmente, pode gerar efeitos colaterais. Justamente por isso, é sempre necessário o acompanhamento médico". Dr João também afirma que ainda há muito preconceito relacionado à questão e, por isso, muitas pessoas não veem a obesidade como doença: "existe preconceito no tratamento da obesidade. Isso é um problema de saúde, é uma doença crônica que atinge mais de 20% da população. No entanto, somente há poucas décadas começou-se a encarar a obesidade como doença, mas, grande parte da população, ainda encara isso como uma questão estética".

Quase metade da população brasileira tem sobrepeso. Muitos pacientes não conseguem perder peso com o tratamento clínico convencional, que inclui dieta e exercícios físicos. Por isso o essencial é o consumo dos remédios com critério e com acompanhamento de um profissional. Retirar do mercado essas substâncias foi uma medida drástica.

Para Dr João os inibidores de apetite funcionam e são aliados no combate à doença: "além da reeducação alimentar e da prática de exercícios físicos, os anorexígenos atuam como auxiliares eficazes no tratamento contra a obesidade". O que é imprescindível, segundo o profissional, é a fiscalização do mercado escuso, que comercializa esses inibidores de apetite sem garantia de qualidade e sem a supervisão médica: "esses órgãos têm que fiscalizar o mercado negro, que é realmente perigoso. Restringir o medicamento para todos não é a solução. Só vai tornar um pouco mais difícil o nosso trabalho".

Ele também ressalta a gravidade que a obesidade representa à saúde: "enquanto a população em geral tem expectativa de vida acima dos 70 anos, a expectativa daqueles que sofrem com a doença cai para 60 anos, ou seja, esse problema faz com que a pessoa perca pelo menos dez anos de vida", conta.


E a polêmica continua: quando serão liberados os inibidores de apetite?
Por que um remédio com a mesma fórmula dos inibidores foi liberada? Isso pode ter também relação com o preço deste medicamento? (que custa R$300 mês, enquanto os inibidores custavam R$30)

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